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"Outra vez eu estava jogando xadrez com Jorge Luis Borges numa sala de espelhos, com peças invisíveis num tabuleiro imaginário quando um corvo entrou pela janela, pousou numa estante e disse:
"Outra vez eu estava jogando xadrez com Jorge Luis Borges numa sala de espelhos, com peças invisíveis num tabuleiro imaginário quando um corvo entrou pela janela, pousou numa estante e disse:
-Nunca mais.
-Por favor, chega de citações literárias - disse Borges, interrompendo sua concentração.
Tínhamos eliminado tudo do xadrez, menos a concentração. Protestei que não estava fazendo citações literárias.
-Há horas que estou em silêncio.
-Citando entrelinhas - acusou Borges"
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Seja pela nostalgia das piadas datadas, seja pela tradição de se olhar pro que ele diz, seja pelas gargalhadas perdidas no meio das crônicas que às vezes nem são isso tudo, seja. Já xinguei o Verissimo, já reclamei de piadas que detestei, já torci o nariz. Mas sempre volto. Se é pra se ter um caso mal resolvido nessa vida, que seja com o Verissimo, né não? Pois.
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E de agora em diante, só bebo Cave de Mourville. Entendedores entenderão.
3 comentários:
Eu faria um brinde a este post, mas meu último Cave de Mourville saiu ontem ;-).
Ah, que pena!! ;-)
Veríssimo me ensinou a ler. Eu tinha 10 anos e devorava o Analista de Bagé mesmo sem entender metade das piadas. Pode estar datado sim, mas eu devo isso a ele (e me deu muita saudade do meu exemplar de Comédias da vida privada 😊)
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