Amanda sendo Amanda:
- Filha, que tal a gente tirar as moedas do seu cofrinho velho e transferir tudo para o novo?
- Isso!
Aí ela me pediu para que eu pegasse um objeto que estava lá em cima, na prateleira alta. E de lá de um cantinho secreto tirou a chave. Abriu o cofrinho, que continha:
- Algumas moedas;
- Algumas cédulas;
- Dois grampos de cabelo;
- Um pedaço de papel de bala amassado;
- Seis tubinhos de purpurina;
- Cinco pedrinhas do jardim.
Ela espalhou o eclético conteúdo sobre a cama. Transferimos as moedas e cédulas para o novo cofrinho. Depois ela recolocou pedras, grampos e purpurina no velho cofrinho, fechou, trancou e voltou a colocar a chave no esconderijo secreto.
- Não conta pra ninguém o lugar da chave, mãe.
O cofrinho novo tá por aí, pela casa, pra quem quiser pegar e brincar com ele. É lindo, um bichinho fofo, um cofre-brinquedo com a barriga cheia de moedas e cédulas. O cofre antigo, com o tesouro de pedras de jardim, grampos e purpurina, tal qual a velha canastra da Emília, tá no quarto, protegido, com a chave guardada no esconderijo secreto.
Os valores. Que amor.
1 comentários:
adorável Amanda e sua capacidade de me fazer viajar no tempo <3
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