Coube tanta coisa no imenso azul deste sábado. Enquanto seguíamos pela avenida ao longo da baía, já fui me esbaldando na alegria de finalmente botar a cara pra fora depois de uma semana passando da sala de casa para a sala do trabalho. Obras na estrada assim que deixamos a ilha de Floripa atrasaram um pouco a chegada em nosso destino, mas nada muito relevante. Chegando lá, o dia começou pra valer. Deu pra papear até a boca se cansar, o que nunca acontece, e comemorar o aniversário de nossa pequena anfitriã, colega de sala da Amanda. Um aniversário com o friozinho que finalmente chegou, botas nos pés para encarar eventuais poças de lama e criançada mais espalhada do que as ovelhas que pastavam morro acima. Deu pra tudo:
Curtir o visual...
...andar em bando pelo mato...
...botar o papo em dia...
...fazer gol...
...subir e descer o morro com o cachorro...
...ser charmosa no meio do mato...
...curtir o fogo de chão para aquecer as mãos...
...comer doce no quentinho...
...contar quantos dedinhos a pessoa tem na mão...
...ver o simples...
...brindar no frio da serra...
...pensar na vida.
***
De volta pra casa, fiquei sabendo da morte de Rubem Alves, e pensei na jabuticabeira:
"Minha vida se divide em três fases. Na primeira, meu mundo era do tamanho do universo e era habitado por deuses, verdades e absolutos. Na segunda fase meu mundo encolheu, ficou mais modesto e passou a ser habitado por heróis revolucionários que portavam armas e cantavam canções de transformar o mundo. Na terceira fase, mortos os deuses, mortos os heróis, mortas as verdades e os absolutos, meu mundo se encolheu ainda mais e chegou não à sua verdade final mas à sua beleza final: ficou belo e efêmero como uma jabuticabeira florida." - Rubem Alves
Assim foi nosso dia, jabuticabeira florida style. :-)
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