Na saída da trilha Amanda viu uma placa alertando sobre animais peçonhentos. Mas estranhou muito porque, de passagem, leu "pescoçudos".
- Por que ter cuidado com animais pescoçudos?
- Hehe, é peçonhento, amor.
- Hein?
- Não é pescoçudo, é peçonhento.
- Ah. Sei. É o bicho que morde a pessoa, né? "Pessoento." Entendi.
- :-D
***
Hoje teve sol, céu azul, cheiro de mato. E teve junho chegando. Estivesse eu no Nordeste, já teria comido algumas canjicas, minha cozinha já teria cheiro de canela; estivesse eu em outros tempos, minha mãe já teria reclamado por antecipação das fogueiras que virão; estivesse eu sintonizada em outras faixas, o forró já ecoaria invadindo os ouvidos. É bom ver que esses filminhos da memória são vistos daqui, de onde e quando estou, também cercada de outros elementos que me fazem sorrir e me sentir igualmente eu - eternamente em mutação, como manda o figurino.
Mas, ah, quem estou querendo enganar? Eu queria canjica, sim.
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